Onda de calor: temperaturas chegam a 45°C pelo Brasil; veja previsão.
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- 18 de setembro de 2023
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Um onda de calor encerra o inverno no Brasil, com possíveis recordes de temperatura em todo o País. Conforme a MetSul Meteorologia, um bloqueio atmosférico impede frentes frias, mantendo temperaturas elevadas.
As regiões afetadas incluem Centro-Oeste, Sudeste, Nordeste, Rondônia, Tocantins e outros estados. Ápice do calor é esperado para 23 e 24 de setembro, com risco de novos recordes.
Simultaneamente, uma frente fria no Rio Grande do Sul traz chuvas, enquanto outras regiões permanecem secas.
No Ceará, a Funceme indica que as temperaturas máximas devem variar entre 32°C e 37°C. As condições meteorológicas se mantêm dentro do esperado para o período do ano nas terras cearenses e o Estado não será afetado com a onda de calor. Confira a provisão completa abaixo:
Previsão do tempo no Ceará
De modo geral, entre esta segunda-feira, 18, e a quarta-feria, 20, o tempo estável, ou seja, sem previsão de chuva no Estado.
Segundo a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), em todas as macrorregiões o céu deve variar de parcialmente nublado, entre as madrugadas e manhãs, a poucas nuvens, ou até mesmo sem nuvens, nos demais períodos do dia.
Na terça-feira, 19, há possibilidade de chuva isolada e passageira no sul do Estado, principalmente no período do final da tarde e noite. Essa possibilidade de chuva se dá em virtude de áreas de instabilidade e efeitos locais, como relevo, temperatura e umidade.
As temperaturas mínimas devem variar em 16°C e 21°C no Cariri, o Sertão Central e Inhamuns, na Ibiapaba e no Maciço de Baturité, nos períodos das madrugadas e começo das manhãs.
Já as temperaturas máximas no Ceará devem variar entre 32°C e 37°C na Jaguaribana, no Cariri, no Sertão Central e Inhamuns e no Litoral Norte no período das tardes. Na faixa litorânea, incluindo o Litoral de Fortaleza, temperaturas deve ficar entre 24°C e 32°C.
A umidade relativa do ar pode atingir valores mínimos de 20% a 25% nas tardes, especialmente nas macrorregiões da Jaguaribana, do Sertão Central e Inhamuns e do Cariri.
Na faixa litorânea e regiões de serra, os ventos podem chegar a valores máximos de de 40 km/h a 60 km/h com rajadas.
Onda de calor no Brasil: o que causa as altas temperaturas?
Uma bolha de calor ou cúpula de calor (em inglês, heat dome) ocorre com áreas de alta pressão que têm ar descendente. Isso comprime o ar no solo e através da compressão aquece a coluna de ar.
Em suma, uma cúpula de calor é criada quando uma área de alta pressão permanece sobre a mesma área por dias ou até semanas, prendendo ar muito quente por baixo, como uma tampa em uma panela.
A atual bolha de calor tem seu centro entre o Paraguai e o Centro-Oeste do Brasil.
À medida que o sistema de alta pressão se instala em determinada região, o ar abaixo aquece a atmosfera e dissipa a cobertura de nuvens. O alto ângulo do sol de verão combinado com o céu claro ou de poucas nuvens aquece ainda mais o solo.
“Evidências de estudos sugerem que a mudança climática está aumentando a frequência de cúpulas de calor intensas, bombeando-as para mais alto na atmosfera, algo não muito diferente de adicionar mais ar quente a um balão de ar já aquecido”, explica a MetSul.
Calor no Brasil atinge níveis perigosos nesta semana
A MetSul Meteorologia adverte que o nível de calor esperado para os próximos dias em muitas áreas do território brasileiro atingirá patamar extremamente perigoso à saúde e à vida com elevado risco para população vulnerável, como enfermos e idosos.
O calor extremo é muito mais mortal do que outros desastres naturais, matando em média mais que o dobro de pessoas por ano do que furacões e tornados combinados, de acordo com dados monitorados pelo Serviço Meteorológico Nacional nos Estados Unidos.
Estudo publicado em 24 de agosto de 2023 na revista Nature, intitulado “Rápido aumento no risco de mortalidade relacionada ao calor” destaca que os estudos em sua maioria avaliam como a mortalidade causada pelo calor aumenta com o aumento médio da temperatura global, mas não é claro até que ponto as mudanças climáticas aumentarão a frequência e a gravidade dos extremos com elevado impacto na saúde humana.
No estudo de análise probabilística, os autores combinaram relações empíricas de mortalidade por calor para 748 locais de 47 países com dados de grandes conjuntos de modelos climáticos. Na maioria dos locais, um evento de mortalidade por calor com recorrência estimada de 1 em 100 anos no clima de 2000 passaria a ser de uma vez a cada dez a vinte anos no clima de 2020.
O estudo projeta que esses períodos de retorno diminuam ainda mais sob níveis de aquecimento global de 1,5° C e 2°C, em que extremos de mortalidade por calor do clima acabarão por se tornar comuns se não ocorrer adaptação. “As nossas conclusões destacam a necessidade urgente de uma forte mitigação e adaptação para reduzir os impactos nas vidas humanas”, enfatizam os cientistas.
Como se proteger da onda de calor?
As recomendações dos especialistas em saúde enfatizam a importância de manter-se hidratado, o que ajuda o corpo a suar e manter uma temperatura corporal normal.
Igualmente importante é usar roupas folgadas e leves. Vestir roupas em excesso ou roupas justas não permite que o corpo esfrie adequadamente.
É igualmente importante se proteger contra queimaduras solares. As queimaduras solares afetam a capacidade do corpo de se refrescar. Portanto, proteja-se ao ar livre com um chapéu de abas largas e óculos de sol e use um protetor solar de amplo espectro.
Os especialistas assinalam também que esforço físico deve ser evitado nas horas mais quentes do dia.
Enfatizam ainda que ninguém fique em um carro estacionado sob o sol. Esta é uma causa comum de mortes relacionadas ao calor em crianças deixadas ou esquecidas em automóveis. Quando estacionado ao sol, a temperatura do carro pode subir mais de 10 °C em apenas dez minutos. Não é seguro, assim, deixar uma pessoa em um carro estacionado sob forte onda de calor mesmo que as janelas estejam abertas ou o carro esteja na sombra.
Fonte: O povo