Azeite, vinho e carro europeu mais baratos no Ceará? Entenda impactos do acordo entre Mercosul e UE.

 Azeite, vinho e carro europeu mais baratos no Ceará? Entenda impactos do acordo entre Mercosul e UE.

Foto: Shutterstock

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Após 25 anos de negociações, o Mercosul e a União Europeia chegaram a um consenso nos termos de um acordo de livre comércio entre os dois blocos econômicos. A economia do Ceará deve ser beneficiada pelo aumento de exportações aos países europeus, apontam especialistas. Já os consumidores podem encontrar produtos internacionais com preços mais acessíveis. 

As negociações técnicas para o acordo entre Mercosul e União Europeia foram concluídas na última semana. Está prevista a redução ou eliminação das tarifas de exportação e importação entre os dois blocos, além de abertura para compras governamentais e cooperação política e ambiental. 

Agora, o texto precisa passar pela aprovação interna dos países envolvidos e do Conselho Europeu. Caso o acordo entre em vigor, o Brasil deve ver seu produto interno bruto (PIB) crescer em R$ 37 bilhões, cerca de 0,34%.

Os investimentos no País devem crescer a um nível superior aos demais países do Mercosul, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Com as reduções tarifárias e concessões de cotas de exportação previstas, as exportações brasileiras devem crescer em até 26%.

PREÇOS MAIS BAIXOS?

Com a entrada facilitada das importações, é possível que os cearenses passem a encontrar produtos como azeite, vinho e até carros de marcas europeias a preços mais baixos. 

Os produtos da União Europeia se tornarão cada vez mais competitivos dentro das economias brasileira e cearense, explica o economista e professor Ricardo Eleutério. As empresas do bloco devem aumentar presença no território.

“A zona de livre comércio deve contribuir para que mais empresas europeias venham operar no Ceará abrir filiais. É um processo em que o comércio internacional termina gerando mais investimentos entre os países e também a atração de empresas de um país para o outro o que é muito positivo”, afirma. 

Cerca de 91% dos produtos importados da UE deve ficar totalmente livre de taxações alfandegárias, tratados como se fossem produtos no Mercosul. A redução deve ser mais relevante nos produtos que não têm produção no Brasil, como azeite e açúcar. 

Com informações de Diário do Nordeste