Quiteriense que matou veterinário em Fortaleza acreditava que vítima iria demiti-lo.
A 5ª Vara do Júri da Comarca de Fortaleza recebeu, nesta terça-feira (16), denúncia do Ministério Público do Estado do Ceará contra o quiteriense Romualdo Sousa Barros, acusado de matar a tiros o pesquisador e médico Saul Gaudêncio Neto, de 37 anos, no último dia 4 de julho, em Fortaleza. Romualdo foi denunciado pelo MP do Ceará por homicídio qualificado e teria sido motivado por desavenças de trabalho. O crime foi cometido durante uma carona concedida pela vítima, que era chefe dele. O réu deve responder ainda por tentativa de homicídio contra a namorada de Saul, que também estava no veículo durante a ocorrência.
Saul era pesquisador do curso de Medicina Veterinária de uma universidade de Fortaleza e chefe imediato de Romualdo, que atuava como tratador de animais. A relação entre a vítima e o réu, de acordo com as investigações, era amigável até o acusado passar a receber punições administrativas (suspensão e advertências) relacionadas ao seu desempenho no local de trabalho. Dessa forma, Romualdo teria planejado a morte de Saul, acreditando que o chefe poderia demiti-lo a qualquer momento.
Conforme a denúncia, as vítimas foram atraídas pelo acusado até a fazenda em que os animais da instituição são criados. O tratador afirmava que uma das cabras que estão sob os cuidados da universidade estava apresentando um comportamento incomum. Para retornar à sua casa, Romualdo solicitou uma carona às vítimas, levando uma arma de fogo escondida em sua bolsa. O acusado, que estava sentado no banco traseiro do carro, surpreendeu Saul e efetuou disparos contra a cabeça da vítima. Já a namorada de Saul foi atingida no antebraço direito e nas costas, mas sobreviveu ao ataque ao sair do veículo.
Com o recebimento da denúncia, a Justiça deverá convocar o réu para fazer parte do processo e dar início às audiências de instrução para coletar depoimentos da vítima sobrevivente e de outras testemunhas, além de interrogar o acusado. Logo depois, a Justiça decidirá se o réu será ou não pronunciado. O processo está inserido no Programa Tempo de Justiça, que visa o julgamento de processos dolosos contra a vida em menor tempo possível.
Com informações de Opinião.Ce