Grupo de Cid quer ir para o PSB, mas aguarda resposta sobre Recife.
A reunião do senador Cid Gomes (PDT) e grupo de aliados com deputados estaduais, deputados federais e prefeitos desta segunda-feira, 18, terminou novamente sem definição.
A decisão do destino partidário ficará para o mês de janeiro, até o dia 15. Os partidos na mira dos parlamentares são Podemos e PSB, mas o adiamento tem haver com a espera da sigla socialista, que é de maior interesse do grupo. “Pela política estadual e pela manifestação de algumas pessoas, principalmente do Eudoro (Santana, presidente estadual do PSB), há um chamado para que a gente vá para o PSB. Mas o PSB, que é uma preferência muito ampla por ele, não está de todo resolvido”, disse Cid.
O senador, ainda presidente do PDT Ceará, e os demais do grupo aguardam uma resposta do PSB Nacional referente ao acordo entre os dois partidos sobre Recife. O prefeito da capital pernambucana, João Campos, é do PSB, enquanto a vice, Isabella de Roldão, é do PDT. Presidente nacional do PDT, o deputado André Figueiredo tem dito que o apoio do PSB ao PDT em Fortaleza é condição para o PDT apoiar o PSB na capital pernambucana.
O PSB, presidioa no Ceará por Eudoro Santana, deliberou que não irá apoiar a reeleição do prefeito de Fortaleza José Sarto (PDT), colocando em dúvida a aliança em Recife. Na última semana o senador se encontrou com Carlos Siqueira, presidente do partido e ambos os lados se aproximaram.
Cid destacou que a aliança em Fortaleza com o grupo do governador Elmano de Freitas e do ministro Camilo Santana (ambos do PT) é crucial na decisão. “Uma questão que é fundamental no projeto cearense que é a harmonia e unidade no projeto do estado que se faz representar na capital também. Então isso precisar ser equacionado com algumas conversas”.
Em função das dúvidas em relação ao PSB, a decisão não foi tomada nesta segunda. “Para que a gente possa esgotar as alternativas, inclusive a preferencial do grupo, nós combinamos de adiar”, explicou o senador.
“Nas conversas em Brasília, o presidente do PSB pediu até janeiro para ver se equacionava os problemas para que tudo fique nos conformes, mas espero que a gente possa resolver antes disso”, acrescentou Cid.
O Podemos, porém, segue como alternativa. Principalmente porque, sem a definição sobre a questão do Recife, o PSB hoje tem obstáculos para receber os dissidentes pedetistas.
“A partir do momento que o PSB não se coloca de forma definitiva como alternativa, o Podemos na prática é a alternativa que a gente tem hoje”, afirmou Cid.
Ele minimizou a proximidade do partido com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). “Político bolsonarista tem em todo lugar, mas não é a maioria do partido. Lá no Senado eu convivo, tem uma pessoa que, embora eu não reconheça como bolsonarista, defende todas as teses, um dos sete senadores. E na Câmara o partido faz parte da base do apoio ao presidente Lula. Não é esse problema não”.
O Povo