Ceará pode ser o primeiro da América Latina a produzir paládio e platina.

 Ceará pode ser o primeiro da América Latina a produzir paládio e platina.
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O advogado Tomás de Paula Pessoa Filho, que tem escritório em Brasília atuante na área de Direito Minerário, mas que trabalha em todo o território nacional na área de assessoramento jurídico, além de relações funcionais e governamentais, acompanhou nesta segunda-feira (19) um grupo de executivos de uma mineradora do Canadá, Valore Metals Corp, que tem um projeto de exploração de paládio e platina no município de Pedra Branca. Segundo ele, o Ceará pode ser o primeiro local da América Latina a produzir esses dois minérios em escala industrial.

Essa fase exploratória que os canadenses chamam de campanha, vinha sendo realizado desde 2019, mas foi impactada pela pandemia, reiniciando os trabalhos de campo em 2021. “Neste momento, eles já sabem que aqui tem um depósito desses dois tipos de minerais bastante significativo, e como têm um valor no mercado internacional elevado, cerca de US$ 2.000,00 a onça (28 gramas), há um interesse muito grande em viabilizar economicamente a produção em larga escala“, explica.

Os dois minerais são muito utilizados na fabricação de catalisadores de automóveis; a platina também é usada no mercado de joalheria; ambos são utilizados na indústria de hardwares e também continuarão sendo usados nos veículos híbridos e movidos a Hidrogênio Verde, que o Governo do Ceará e a FIEC têm trabalhado para implantar um Hub aqui no Estado. E o futuro vai exigir a produção de um volume maior de determinados minérios, para garantir o setor industrial.

Tomás Filho ressaltou que o Ceará tem uma grande oportunidade para continuar seu processo de desenvolvimento. Este projeto de produção de paládio e platina seria o primeiro da América Latina a entrar em operação pois, atualmente, as maiores jazidas desses dois minérios – cerca de 70% -, estão na África de Sul e na Rússia. Portanto, o Ceará poderá se destacar na produção desses minérios e atender a todo o mercado latino-americano, norte-americano e europeu.

E vale lembrar que o Ceará tem mais duas vantagens competitivas relevantes, principalmente por conta da Zona de Processamento de Exportação (ZPE Ceará), que pode desenvolver uma indústria de beneficiamento desses minérios. “E a parceria dos portos do Pecém e de Roterdã também pode representar um atrativo muito grande para a indústria associada a esses insumos“, completa Tomás Filho.

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